Vandeir Gonçalves Silva
Graduado pela Universidade de Brasília - UNB - DF
Professor de Musculação - Academia Malhart –DF
A
maioria dos efeitos diretos da atividade física ocorre porque o exercício
normaliza a glicose sanguínea, diminuindo a resistência de insulina e
melhorando a sensibilidade a ela. Vários estudos têm demonstrado que o treinamento
de exercício pode aumentar a ação da insulina ou diminuir a resistência à
insulina, especialmente entre pessoas com alto risco para diabete ou com
hiperinsulinemia. Outros estudos mostram que indivíduos fisicamente ativos têm
menos probabilidade de desenvolver diabete do que indivíduos fisicamente
inativos. O efeito da atividade física parece ser devido à adaptação metabólica
do músculo esquelético (aumento da densidade capilar; maior capacidade
oxitativa), ou a outras adaptações ao treinamento como um conteúdo aumentado de
transportadores de glicose GLUT4 (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).
Como conseqüência, a captação de glicose pelo músculo é incrementada,
independentemente de alterações na concentração de insulina circulante (SILVEIRA
NETO; 2000).
A
prática regular de exercícios físicos pode acarretar uma diminuição da dosagem
de insulina, e sua importância é fundamental nas terapias onde se objetiva uma
menor dosagem de insulina a ser administrada pelo paciente insulino-dependente
(SILVEIRA NETO; 2000).
Os
benefícios cardiovasculares e metabólicos do exercício são sustentados somente
como resultado da soma dos efeitos das sessões de treinamento ou como resultado
de mudanças, em longo prazo, na composição corporal (SILVEIRA NETO; 2000),
e outro grande benefício da atividade física regular é seu efeito sobre a
composição corporal, através do aumento do gasto de energia auxiliando a
redução de peso, o aumento da perda de gordura e a preservação da massa magra.
Aproximadamente 60% das pessoas com diabetes do tipo 2 são obesas no momento do
diagnóstico. Provavelmente a distribuição central de gordura parece ser fator
de risco primário adicional para o desenvolvimento do diabete tipo 2, uma vez
que a adiposidade na área abdominal ao contrário da periférica eleva a
probabilidade de que indivíduos desenvolvam resistência à insulina. A atividade
física parece prevenir o diabete tipo 2 não apenas diminuindo a adiposidade,
mas também afetando a resistência à insulina e a tolerância à glicose (FRONTERA,
DAWSON & SLOVIK; 1999).
SILVEIRA
NETO relata em sua obra sobre o constante estresse psicológico pelo qual os
recém descobertos diabéticos passam, e cita até mesmo como experiência pessoal
(o autor é diabético tipo 1 desde os quatorze anos) o quanto à atividade física
pode ser benéfica para o controle desde tipo de estresse; estresse este que
pode ter conseqüências bastante negativas para o controle glicêmico. Parece que
o estresse psicossocial exerce um efeito direto psicossomático nos mecanismos
reguladores neuroendócrinos, que por sua vez, influenciam o controle
metabólico. A prática de atividades física promove benefícios fisiológicos e
psicológicos, sendo o aspecto de lazer e entretenimento proporcionado pela
prática de atividades físicas e esportivas, altamente desejável.
Publicado por Ivana em 21/05/12
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